terça-feira, 16 de novembro de 2010

O NASCIMENTO DO DÍZIMO...

NASCIMENTO DO DÍZIMO:
MANDAMENTO DE DEUS.

Lev. 27:30,32 e 34.

AUTOR: DAVID PESSÔA DE BARROS.


Com certeza irmãos, o DÍZIMO passou a existir como mandamento de Deus desde o final do livro de Levítico. Vamos falar a respeito: Levítico, 27:30, assim está escrito: “ Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor.” E, no versículo 32 do mesmo livro e do mesmo capítulo: “ No tocante a todas as dízimas de vacas e ovelhas, de tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao Senhor “ .

E no final do livro de Levítico: 27:34... “ Estes são os mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés para os filhos de Israel, no monte Sinai.

Aqui se vê instituído a prática do dízimo, como mandamento de Deus ( Lev. 27:34 ). Porém, os Levitas não haviam ainda sido designados para desempenharem a função de Polícia Preventiva, ou Guardas, para garantir a segurança da tenda da congregação do Senhor. O que sem dúvida, vamos falar adiante desse povo santo, escolhido e consagrado por Deus para o serviço exclusivo do Senhor. ( Num. 18:3 )


DESIGNAÇÃO DOS LEVITAS
( Num.3:6-7 )

Disse Deus à Moisés: Faze chegar a tribo de Levi, e põe-na diante de Arão, o sacerdote, para que o sirvam. ( num. 3:6 ) e logo em seguida, no vers. 7, diz: “ E tenham cuidado da sua guarda, e da guarda de toda a congregação, diante da tenda da congregação, para administrar o ministério do tabernáculo “. ( num. 3:7 )

Deus também mandou contar todos os Levitas de um mês de nascido para cima e Moisés contou, dando um total de 22.273 ( vinte e dois mil, duzentos e setenta e três ) mil entre homens e crianças. ( Num. 3:41 e 43 )

A função dos Levitas era específica: Dar guarda e segurança a tenda da congregação e de toda riqueza que existisse na mesma. ( Num. 3:7 e 8 ).

DEVERES DOS LEVITAS
Num. Cap. 4 em diante,

As atribuições dos Levitas são muitas. A tenda da congregação, o tabernáculo e os vasos e outros utensílios existente dentro da tenda são da responsabilidades dos Levitas entre 30 e 50 anos de idade. .. Cada um será escolhido conforme a família e segundo a idade que tem. Basta ler o capítulo 4 completo do livro de números para entender com profundidade a missão desse pessoal.


A CONSAGRAÇÃO DOS LEVITAS
Num. Cap.8: 5 e seguintes:

Disse Deus à Moisés: Toma os Levitas do meio dos filhos de Israel, e purifica-os.( num.5 e 6 ). E depois separarás os Levitas do meio dos filhos de Israel, para que os Levitas meus sejam ( num.8:14 ).

Disse mais o Senhor: E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério que exercem, o ministério da tenda da congregação. ( Num.18:21 ) e complementou o Senhor Deus: E nunca mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da congregação, para que não levem sobre si o pecado e morram, ( num.18:22 ).


A DESTINAÇÃO DOS DÍZIMOS
E SEU FIM SOCIAL
Deut. 14: 22-29



Deuteronômio: 14:22...Certamente darás os dízimos de toda a novidade da tua semente, que cada ano se recolher do campo. Vamos comentar ?

Comentário-1: Ora, a palavra de Deus diz que de ano em ano recolherás a décima parte de tudo que se recolher do campo, de tuas colheitas. A semente se refere tanto aos legumes como aos frutos da terra e aos grãos de alimentos, como feijão, milho, azeite, vinho e outros. Naquela época a moeda, o dinheiro, já existia e era comum entre o povo e governos. Mas, a ordem era para trazer alimentos para a casa do Senhor. É de se ver também que, quem não plantasse também não daria o dízimo da terra. Isto era específico para os agricultores, os criadores de gados, de vacas, de cavalos, de camelos, de burros e de todos os tipos de ovelhas.

Comentário-2: É bom saber que o dízimo do Senhor sempre foi um imposto que serviria para custear a mão de obra dos Levitas pela prestação de seus serviços na tenta da congregação. Deus não queria que o povo de Israel se chegasse a tenda da congregação devido aos seus muitos pecados. ( Num. 18:22 ) Se qualquer um deles se encostasse na tenda com certeza morreria. Por essa razão escolheu os Levitas que depois de santificados passaram a ser os verdadeiros atalaias da Congregação e de toda sua riqueza. ( 18: 23-24 ). Era os Levitas também que por várias oportunidades foram utilizados por Moisés para fazerem o povo de Israel a respeitar e a cumprir a Lei. ( Num.18: 1-8 e 18: 22 )

Comentário-3: - O FIM SOCIAL DOS DÍZIMOS: Além de tudo quanto está descrito acima, é bom saber que o dízimo além de todos os comentários sobre os Levitas, era destinado também a servir de alimentos para os próprios doadores ou para aqueles que eram dizimistas e também para ajudar as viúvas, os órfãos, os abandonados e os estrangeiros. Todo o povo via o Levita como um homem consagrado de Deus e todos os ajudavam com o que podia ajudar, além dos dízimos é claro. ( Num. 18: 10 e 31 )

Deut. 14:23...E, perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu mosto, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor, teu Deus, todos os dias.

Deut. 14:24...E, quando o caminho te for cumprido, que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o Senhor, teu Deus, para ali pôr o seu nome, quando o Senhor teu Deus, te tiver abençoado; Deut. 14: 25... Então, vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o Senhor, teu Deus.

Deut. 14: 26... E, aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebidas forte, e por tudo o que pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor, teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa. Vamos comentar ?

Comentário-1: No livro de deuteronômio no cap. 14, versiculos 23.24.25 e 26, Moisés cheio do Espírito Santo de Deus fala novamente sobre a destinação dos dízimos. Custear ou em outras palavras: pagar a mão de obra dos Levitas pelo serviço da tenda da congregação do Senhor e também por eles não ter sido contados na divisão das terras de Canaã. Se fala também que os dizimistas comiam das próprias ofertas que apresentavam ao Senhor. Era também destinado aos povos pobres, como as viúvas, os órfão, os abandonados e aos estrangeiros. Basta cada leitor perder alguns segundos e ler os versículos acima enumerados –Num. 14: 23 a 26 ).

Comentário-2: As Igrejas Evangélicas de todas as denominações são responsáveis pelo esvaziamento que se vê hoje em cada templo religioso. São responsáveis também pela criação de tantas e tantas Igrejas que cada dia são inauguradas por grupos de religiosos desempregados que almejam ganhar dinheiro de maneira mais fácil. Dessa ação ambiciosa surge também a indisciplina dentro das Igrejas. Os Pastores Evangélicos pensam que o povo ainda vivem num mundo de infantilidade onde facilmente possam serem enganados com palavras vazias e sem fundamentos. Os Pastores Evangélicos devem saber que a INQUISIÇÃO já passou e graças a Deus não existe mais, onde ninguém podia ler a Bíblia, com exceção dos Padres.

Comentário-3: O Brasil é uma sociedade politicamente organizada, onde suas leis devem ser rigorosamente cumpridas e respeitadas por todos os brasileiros. É dever do Estado assegurar a paz e a tranquilidade a todos os seus cidadões. Através da Polícia, como fiscal da lei, punir aqueles que procuram subtrair do povo vantagem indevida, enganar ou esconder a verdade, ensinar erradamente no sentido de angariar valores e principalmente na confissão ou no mistério da boa-fé.

E, por todo quanto aqui falei, me entristece em ver pessoas ilustres no ministério da palavra. Pessoas ostentando diplomas universitários de vários cursos de formação universitária. Pessoas enfim respeitáveis diante da sociedade em que vivemos, a exemplo de Malafraia, RR.Soares, Edir Macedo e tantos outros que pregam aos evangélicos a obrigatoriedade do pagamento do dízimo, quando eles sabem que isto não é verdadeiro.

O dízimo é uma coisa que existiu no passado e hoje só temos lembranças. Mesmo no passado, o dízimo nunca foi uma obrigatoriedade para quem vivesse do trabalho assalariado, mas, daqueles que fossem agricultores ou dos grandes e pequenos fazendeiros, como os criadores de gados e outros tipos de animais. Dízimo nunca foi pago através de dinheiro, mas de alimentos, só de alimentos e não era mensal, nunca foi.
Cr

E, QUAL É A VERDADEIRA RELIGIÃO..?

Como Cristão que sou tenho o dever de seguir os ensinamentos de Jesus e de seus Apóstolos. Veja o que Paulo falou a respeito: “ Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a Lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos frutos para Deus. “ ( Rom. 7:4.. )

O Apóstolo Paulo não pára: “ Mas agora estamos livres da Lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito e não na velhice das letras “. ( Rom. 7: 6 )

QUAL É A MANEIRA DE FAZER DOAÇÕES
AS IGREJAS PARA O SEU SUSTENTO ?

O Apóstolo Paulo nos ensinou assim: Cada um contribua segundo propôs o seu coração; não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. ( II-Coríntios
9:7 ).


I-Coríntios 9:14 – Assim ordenou também o Senhor que, aos que anunciam o Evangelho que vivam do Evangelho.

O QUE ACONTECE ENTÃO...?

Os Pastores que vivem do Evangelho, com medo de que os fiéis não contribuam espontaneamente e satisfatoriamente com a Igreja, dando as ofertas, então preferiram impor sobre todos os crentes o pagamento do dízimo. Até Porque, o dízimo não é uma oferta voluntária, mas uma obrigação, uma determinação divina. E foi realmente o que aconteceu desde a reforma luterana.

A OPINIÃO DO AUTOR A RESPEITO:


Todos devem contribuir com suas respectivas Igrejas naquilo que seu coração propor e as suas condições financeiras determinarem, mas, sempre fazendo com alegria.

Mas Paulo também nos orienta sobre o montante a doar ou a entregar para o serviço do templo religioso: “ E DIGO ISTO: QUE O QUE SEMEIA POUCO, POUCO TAMBÉM CEIFARÁ; E O QUE SEMEIA EM ABUNDÂNCIA, EM ABUNDÂNCIA TAMBÉM CEIFARÁ “. ( II-Coríntios: 9:6
Entretanto, se os Pastores teimam tanto em querer cumprir apenas parte do livro Mosaico, especialmente na parte que trata de valores financeiros ( DOS DÍZIMOS ), deixando de lado os ensinamentos de Jesus Cristo para abraçar e cumprir o que falou Malaquias, então eu, na condição de cristão que sou, aconselho os senhores Pastores, através de seus concílios, suas ordens e tantas e tantas organizações políticas existente no meio dos evangélicos, façam voltar o que os Israelitas faziam no tempo da Lei:

VAMOS ENTÃO:

Circuncidar todos os Evangélicos ( Gen. 17: 22-27 ),

a) Vamos voltar a praticar holocaustos ( Lev. 1: 6.8-13 );
b) Vamos respeitar o sábado do Senhor ( Lev. 23:3 );
c) Vamos apedrejar e matar adúlteros e adúlteras ( Lev. 20:10 );
d) Vamos matar os idólatras ( Ex. 32:26-29 );
e) Vamos matar os pederastas, os gays e as lésbicas (Lev.20:13 e Deut. 23:17 );
f) Vamos matar os tarados, aqueles que transam com irmães, com tias e com crianças ( Lev. 20:17 );
g) Vamos matar os nossos filhos desobedientes ( Deut. 21:18 );
h) Vamos matar os filhos que batem em seus pais e outros mais.
i) Vamos enfim fazer voltar os Levitas e pagar os dízimos de nossas colheitas e dos rebanhos de quem tiver animais.

Mas, sem receber, todavia, dízimos de viúvas, de pessoas assalariadas, aposentados e pensionistas, porém, ajudando-os a se manterem como uma ação tipicamente social e assistencial da Igreja de Jesus. Amém ?

DAVID PESSÔA DE BARROS. ( Um pesquisador bíblico )
O AUTOR.

E-mail: davidpessoa@yahoo.com.br
www.davidpessoabiblico.blogspot.com
www.daidpessoapolitico.blogspo.com

Fone: 3441.4256 ou 9957.6058

O NASCIMENTO DO IMPOSTO E DAS OFERTAS.

O NASCIMENTO DE IMPOSTO
E DAS OFERTAS

AUTOR: DAVID PESSÔA DE BARROS.

Êxodo 30: 11 a 16



Quem ler ou quem pesquisa constantemente o livro sagrado poderá saber que desde os tempos em que Moisés retirou do Egito os hebreus o DÍZIMO não existia e nem existiu, quer como pagamento de imposto ou como determinação divina. Moisés determinou a doação das ofertas: Ofertas voluntárias, ofertas pelo resgate dos pecados cometidos, ofertas pelas almas e tantas e tantas outras.

No livro de Êxodo 30: 11 a 16: É instituído o imposto pelo resgate da alma. Todo homem de vinte anos para cima teria que pagar um imposto no valor de meio siclo.

No versículo 15, do mesmo capítulo, lemos o seguinte: “ O rico não aumentará, e o pobre não diminuirá da metade do siclo, quando derem a oferta ao Senhor, para fazer expiação por vossas almas “ .

Este imposto era em espécie, isto é, em dinheiro puro. Vale dizer que Moisés, seguindo orientação de Deus entregava todo o dinheiro desse imposto para o serviço da tenda da congregação. Nos parece todavia, que até esse momento os Levitas não tinham sido ainda escolhidos como verdadeiros atalaias das tendas da congregação.



É INSTITUÍDO AS OFERTAS ALÇADAS AO SENHOR:


Êxodo: 35: 5. – Tomai, do que vós tendes, uma oferta para o Senhor; cada um, cujo coração e voluntariamente disposto, a trará por oferta alçada ao Senhor; ouro, e prata e cobre. E, tão logo Moisés terminou de falar, todo homem trouxe, segundo o seu coração.


A PRONTIDÃO DO POVO EM TRAZER AS OFERTAS:


Êxodo: 35: 20. Então, toda a congregação dos filhos de Israel saiu de diante de Moisés e no vers. 21 do mesmo capítulo: E veio todo homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o impeliu, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes santas. ( obs: Isto Moisés fez porque não existia ainda a instituição do Dízimo.





É INSTITUÍDO AS OFERTAS DE MANJARES:
A lei da oferta de manjares.


Lev. 6: 14...Esta é a lei das ofertas de manjares: um dos filhos de Arão a oferecerá perante o Senhor, diante do altar.

Lev. 6:15: E tomará o seu punho cheio de flor de farinha da oferta e do seu azeite e todo o incenso que estiver sobre a oferta de manjares; então, o queimará sobre o altar; cheiro suave é isso, por ser memorial ao Senhor.


É INSTITUÍDO AS OFERTAS NA CONSAGRAÇÃO
DOS SACERDOTES:
Lev. 6: 19.


Falou o Senhor a Moisés dizendo: ( Lev. 6:19 )

Lev. 6:20...Esta é a oferta de Arão e de seus filhos, que oferecerão ao Senhor no dia em que aquele for ungido: a décima parte de um efa de flor de farinha pela oferta de manjares contínua; a metade dela pela manhã e a outra metade dela à tarde. ( leia até o v.23 ).


DEUS MANDA MOISÉS NUMERAR AS TRIBOS
“ Criação do Exército de Israel “


No quarto ( 4º ) livro de Moisés ( Número) Deus manda numerar as tribos de Israel.

Liv. Num. 1: 1...Falou mais o Senhor a Moisés, no deserto do Sinai, na tenda da congregação, no primeiro dia do segundo mês, no segundo ano da sua saída da terra do Egito, dizendo:

1:2...Tomai a soma de toda a congregação dos filhos de Israel, segundo as suas gerações, segundo a casa de seus pais, conforme o número dos nomes de todo varão, cabeça por cabeça.

Existia ainda a determinação de que na contagem se numerassem os jovens de vinte (20) anos para cima, pois, com essa idade estariam aptos para a guerra.

COMENTÁRIO-01: faziam mais ou menos dois(2) anos que Moisés havia retirado do Egito o povo hebreu. Esta era na verdade a primeira contagem que se fazia dos homens que seriam aproveitados para a Guerra. Em outras palavras: O Exército do Povo de Deus estava nascendo nas fileiras de Israel, sob o Comando de Moisés. A contagem dos homens, segundo orientação de Moisés, só podia se considerar aqueles que tivessem vinte(20) anos em diante. ( Num. 1:52 )

COMENTÁRIO-02:
Na verdade, o povo de Israel viviam sem disciplina e sem temer a ninguém; sempre resmungando contra Moisés e contra Arão pela vida que levavam no deserto. Muitos querendo até voltar para o Egito o que provocou por várias vezes a ira de DEUS. Vale dizer também, que, entre eles, muitos não tinham origem de família ou de tribos. A força do mais forte imperava entre eles. Muitos estavam entre o povo de Israel mas não eram povos israelenses, o que sem dúvida prejudicou muito o povo de Jeová com seus costumes idólatras de paganismo.

COMENTÁRIO-03:
Criado e organizado o Exército de Israel, precisava ainda Moisés criar e organizar um povo para manter a ordem e a disciplina entre a multidão de israelitas acampados naquele deserto do Sinai. Era a única forma de fazer com que todos pudessem respeitar e cumprir a Lei do Senhor. Seria na verdade uma espécie de POLÍCIA PREVENTIVA. E, para tal missão, posteriormente, por ordem de Deus, foi escolhido os filhos de Arão, da tribo de Levi. ( Mais adiante teremos um estudo mais aprofundado sobre os Levitas ).


E assim, todas as tribos apresentaram, depois de contadas, os seus jovens soldados para a formação do Exército. Todavia, os LEVITAS NÃO FORAM CONTADOS. Moisés, em seu projeto de administração, escolhera uma outra missão para o povo daquela tribo. Que na prática seria quem de fato montaria Guarda e Vigilância sobre a tenda da congregação, sobre o tabernáculo do Senhor e enfim, de toda a riqueza ali existente.

DAVID PESSÔA DE BARROS. ( Um pesquisador bíblico )
O AUTOR.

E-mail: davidpessoa@yahoo.com.br
www.davidpessoabiblico.blogspot.com
www.davidpessoapolitico.blogspot.com

FONE: 3441.4256 OU 9957.6058

COMO SUGIU A PALAVRA DÍZIMO...?

COMO SURGIU A PALAVRA DÍZIMO:


AUTOR: DAVID PESSÔA DE BARROS


Como já falei anteriormente, era costume dos povos antigos agradar a alguém que lhe trouxessem algum tipo de lucro ou algum tipo de vantagem ( bens materiais ) ou mesmo quaisquer benefícios e logo estariam entregando àquele a quantia de dez por cento ( 10% ) de tudo quanto se ganhava. E Abraão não foi diferente. Procurou agradar àquele que veio de tão longe para lhe cumprimentar e dar pão e vinho quando ele voltava da batalha. O que ele fez foi usar um costume que por sinal já era usado há bastante tempo por várias nações do mundo. ( E isto naquele tempo se dizia dízimo ).

Vale lembrar que, centenas e mais centenas de anos antes de Abraão existir ou de se revelar homem de Deus, várias nações já utilizavam a prática do Dízimo como forma de pagamento e mais precisamente, as nações pagãs. Elas de ano em ano retiravam a décima parte ( 10ª ) parte de tudo quanto era colhido e dava aos deuses. Entre essas nações podemos citar: OS LÍDIOS, OS FENÍCIOS, OS CARTAGINESES E OUTROS. ( Dicionário Bíblico Johne D. Davis, página 164, edição de 1978 ).

Tinham também nações que separavam certas quantidades de donativos alimentícios e de outras tantas riquezas procedentes dos despojos de guerra e dava como dízimo aos seus deuses de ano em ano.

Os Lídios davam rigorosamente ao seus deuses pagão dez ( 10% ) de toda sua presa, isto é, dos despojos da guerra, pois, como se sabe, quase todas as nações do mundo antigo viviam da guerra ( A força era o Poder e o Domínio dos povos vencidos ).

Os Fenícios e os Cartagineses enviavam anualmente para Hércules, a décima parte de suas rendas. Estes dízimos eram regulares ou ocasionais, voluntários, ou ordenados por lei. ( dicionário de Johne Davis, pag. 164 ).

Somente o Egito seguia caminhos diferentes em relação ao dízimo. Em vez de dez por cento ( 10 ) eram pagos apenas cinco por cento ( 5% ) de tudo que se plantasse e isto acontecia muito antes de Moisés existir. Era o imposto instituído por José, o filho de Jacó e bisneto de Abraão. ( Gen.47: 23-24 ).

Semelhantemente aconteceu também com Jacó, um dos netos de Abraão. E com este último, aconteceu fatos que nenhum cristão teria a ousadia de fazer. Jacó faz um voto ao Senhor Deus dizendo: “ Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz voltar à casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus; e esta pedra, que tenho posto por coluna, será Casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo “. ( Gen. 28: 20-22 ).

Na verdade Jacó nunca deu a Deus o que havia prometido, muito embora tenha recebido muitas bênção e bastante riqueza do Senhor dos Exércitos. Com certeza Jacó tenha se esquecido do voto que fez ao Pai Todo Poderoso.

A intenção do Autor foi tão somente mostrar que não foi Moisés o Autor do Dízimo nas páginas da história do mundo nem da civilização. Referente aos textos bíblicos, nós confirmamos a pessoa de Moisés como o seu autor. Mas, agora o leitor terá uma posição mais livre e confortável para entender que a prática do dízimo já existia anteriormente. Moisés, apenas copiou uma coisa que já existia. É semelhante a frase criada pelo Rei da Babilônia, Hamurabi, “ OLHO POR OLHO E DENTE POR DENTE “ e que na bíblia consta como frase de Moisés.

DAVID PESSÔA DE BARROS ( Um pesquisador bíblico )
E-mail: davidpessoa@yahoo.com.br
www.davidpessoabiblico.blogspot.com
www.davidpessoapolitico.blogspot.com

Fone: (81 ) 3441.4256 ou 9957.6058

JACÓ PAGOU DÍZIMO AO SENHOR OU NÃO ?

JACÓ NUNCA PAGOU DÍZIMO A DEUS
NEM A NINGUÉM

AUTOR: DAAVID PESSÔA DE BARROS.


( JACÓ NUNCA CUMPRIU O QUE PROMETEU A DEUS )


Não existe provas nem dentro nem fora da bíblia que fale que Jacó tenha alguma vez pago ou dado o dízimo que prometera à Deus. Existe provas abundantes que Deus fez Jacó ser um dos homens mais ricos daquela região. Desde quando saiu da casa de Labão, na Mesopotamia, já era bastante rico e sua riqueza se multiplicara ainda mais pela vontade soberana de Deus, o nosso criador. .

Ora, em vez de falarmos de dízimo, vamos falar de doar, de dar, de entregar à Deus a décima parte das riquezas que recebera. Existe um grande silêncio sobre esse tema. Mas, se pergunta: como Jacó poderia entregar dízimo ou uma doação de dez por cento ( 10% ) à Deus, se naquela época não havia ainda a figura do sacerdote e nem de profetas ? Não havia ainda a instituição do dízimo, não existia ainda a Lei Mosaica, não havia nenhum dispositivo sobre esse assunto entre os povos de Deus ?

Existem muitos autores evangélicos e muitos livros dicionaristas alegando que Jacó poderia ter dividido os dez por cento ( 10% ) com as pessoas mais pobres, inclusive, entre os seus criados ( na verdade seus escravos ). Ele não o fez. Mas Deus por sua oniciência e onipresença, já sabendo do coração de Jacó, resolveu puni-lo antecipadamente. COMO ? Jacó sob o comando de sua mãe REBECA pecou contra Deus e contra seu pai Isaque, que se aproveitando de sua quase total cegueira, devido o avançado estado de vida, o enganou, recebendo em lugar de Esaú, a bênção que era dirigida para seu irmão.

QUAL FOI O CASTIGO ? Foi também enganado por Labão, que em vez de entregar a filha mais velha ( Raquel ) como sua verdadeira esposa, inclusive, por ser a mulher que ele amava de todo o seu coração, recebeu Léia, irmã de Raquel por mulher. E isto depois de ter trabalhado sete(07) anos de graça para o sogro. ( Gen. 29: 21-25 ). É como diz um velho ditado: “ Quem faz aqui, aqui mesmo paga “ .


SEGUNDO CASTIGO: Ao voltar para casa de seu pai não teve o direito de ver mais a sua mãe, a quem muito amava, ela já tinha falecido. ( Gen. 49:31 ) E, foi humilhado diante de todos os seus filhos, diante de todas suas mulheres e de todos os seus criados quando Esaú, o irmão que outrora fora enganado, o encontrou no caminho.

Vamos transcrever a mensagem humilhante que não foi por humildade mas por medo de morrer na espada do irmão. Esaú era um homem valente e de guerra:

... E disse Jacó ao seu servo, mensageiro para Esaú: “ Assim direis a meu senhor Esaú: Assim diz Jacó, teu servo: Como peregrino morei com Labão e me detive lá até agora. Tenho bois, jumentos, ovelhas e servos e servas; e enviei para o anunciar a meu senhor, para que ache graça aos seus olhos “ ( Gen. 32: 3-7 )

TERCEIRO CASTIGO: O filho que Jacó mais amava era José o que motivava ciúmes entre os irmãos. A inveja era tão grande que planejaram raptá-lo para depois matá-lo, tudo as escondidas de Jacó, que já estava velho e doente. E assim foi feito. Por pouco José não foi assassinado, mas, foi vendido como escravo para vendedores viajantes que passavam pelo deserto. Daí em diante a vida do velho patriarca foi de choro, de dor e de muita solidão. Só quem pode imaginar ou avaliar a dor pela perda de uma pessoa amada é quem realmente ama. ( Gen. 37: 1-3; e vers. 12-32 ).

QUARTO CASTIGO: ( A TRAIÇÃO ) O pior castigo para um homem é ser traído pelo próprio filho ou pela própria filha. Seja a traição que for, será sempre uma traição. Todavia, a traição sofrida por Jacó foi uma das piores. Rubem, seu filho primogênito, aproveitando o momento em que seu pai se dirigia ao campo, talvez para olhar suas pastagens, entra na cabana de uma de suas mulheres ( Bila ) e com ela mantém relação sexual. Este tipo de pecado era castigado com a morte. Tenho um ligeiro pressentimento que Jacó não levou isto ao conhecimento público, preferiu fazer como fez Maria, a mãe de Jesus, que sofreu todo tipo de descriminação do marido, mas nunca abriu a boca para defender-se. Se Jacó falasse o que Rubem praticou, com certeza ele seria apedrejado até a morte. ( Gen. 35: 22 ).

Quero adiantar ainda que os filhos de Jacó, exceto José e Benjamin, eram dados a prática de violência. Basta lembrarmos do que fizeram com o Príncipe de Siquém quando pediu em casamento a única filha de Jacó, DINÁ. Um jovem Príncipe, filho do Rei de Siquém, cujo nome era Hemor.

Ora, o Príncipe, realmente errou ao deflorar DINÁ logo no seu primeiro encontro, mas, depois, procurou recuperar o que tinha praticado com ela, pedindo-a em casamento a Jacó. Havia entre os povos Israelitas a prática da circuncisão. Ato de sangramento e de muitas dores, porque, o homem teria que cortar através de uma pedra o prepúcio do pênis, era a aliança que se fazia entre os povos de Abraão e Deus. E, Jacó então usou desse recurso para impedir o casamento da filha com aquele Príncipe que não era da linhagem de Israel, e disse: Eu te darei minha filha como mulher, se primeiro você circuncidar a sua carne, para se tornar como um de nós. Sabia Jacó que ele não seria capaz de fazer o que estava lhe pedindo. Mas, as coisas não saíram como pensava Jacó.

O Rei Hemor, pai do Príncipe Siquém vendo seu filho se submeter aquele sofrimento e sabendo que tudo era fruto daquele grande amor que seu filho sentia para com a jovem Diná, filha de Jacó, resolveu o próprio Rei se submeter também a circuncisão e determinou que todos seus familiáres e todos aqueles seus criados também fossem circuncidados para se tornarem povo de Deus e assim ver o filho receber o seu grande amor. Assim aconteceu, segundo registra a Bíblia Sagrada.

Houve o casamento e grande festa, porém, os dois irmãos de Diná, SIMEÃO E LEVI, não satisfeitos e não concordando com o que o pai fizera, arquitetou durante a noite um plano diabólico e, juntou-se a um bando de criados e pela madrugada invadiu o Palácio Real de Siquém matando a golpes de espada o Princípe, que já era seu cunhado, o pai do Príncipe e todos os familiares da linhagem real. Não satisfeitos roubaram as maiores riquezas que existia na corte, os gados e todos os animais do campo. Levando de volta a irmã Diná para casa, como se tivesse vingado a honra da jovem. Não permitiram com esse gesto criminoso que a irmã gozasse a verdadeira felicidade ao lado do seu marido.

Não respeitaram nem a vontade soberana do seu pai, o que era lei na época. E Jacó segundo relato bíblico muito chorou com o gesto de seus dois filhos, por matarem pessoas inocentes e por terem também impedido AA felicidade da sua única filha. ( Leiam Gen. 34: 1-24 e 25 a 31 ).

DAVID PESSOA DE BARROS ( Um pesquisador bíblico )
O AUTOR:

E-mail: davidpessoa@yahoo.com.br
www.davidpessoabiblico.blogspot.com
www.davidpessoapolitico.blogspot.com

Fone: (81) 3441.4256 ou ( 81 ) 9957.6058.

ABRAÃO PAGOU O DÍZIMO AO SENHOR ?

ABRAÃO PAGOU O DÍZIMO AO SENHOR ?

AUTOR:
DAVID PESSÔA.


Era costume dos povos da terra, especialmente entre os pagãs, entregar dez por cento ( 10% ) do lucro ou daquilo que se ganhassem de quaisquer transação ( uma espécie de dízimo ). José, quando tornou-se governador do Egito e, com o pensamento igual ao de um Economista e querendo ajustar a economia daquele País, criou o quinto ( 5º ), semelhante ao que os portugueses criaram aqui no Brasil, na época do Brasil-Império, sobre o ouro, os diamantes, os brilhantes e todos os demais tipos de pedras preciosas.

José distribuiu terras para toda a população do Egito para plantarem grãos, verduras, frutos e tudo mais que fosse de alimento humano. José distribuiu ainda sementes e deu outras condições para que o povo agricultor plantassem o que bem quisesse plantar.. E, assim plantaram feijão, milho, mandioca e todos os demais tipos de cereais necessário para o alimento humano, inclusive legumes e frutas.

De tudo que fossem plantados e colhidos, a quinta ( 5ª ) parte seria paga ao Governador do EGITO. E assim, a abundância foi tanta que foram precisos construírem galpões gigantes nos arredores das cidades egípcias para armazenarem a grande quantidade de alimentos arrecadados do povo agricultor. Quando a fome surgiu no mundo, principalmente no alto e baixo oriente, o Egito foi o único país do mundo que estava pronto para enfrentar os ditames da natureza. ( Os sacerdotes do Egito eram sustentados e pagos pelo Governo, tinham casas e terras como suas propriedades ).


VAMOS FALAR DO DÍZIMO DE ABRAÃO:


A verdade descrita na Bíblia e principalmente na parte que se registra o dízimo de Abraão para Melquisedeque, eu compreendo de maneira diferente. Os quatro reis comandados por Quedorlaomer, rei de Elão, que fizeram Guerra contra cinco(5) reinos estavam devastando a terra com seus poderosos exércitos. No meio dessa batalha sanguinária, de longe, estava o nosso patriarca Abraão assistindo sem contudo se intrometer naquela briga. ( Gen. 14:1-2 ).

Dias depois, aparece um mensageiro vindo da terra de Sodoma procurando Abraão para lhe fazer ciente que o rei Quedorlaomer invadiu aquele pais ( SODOMA ) e o destruiu, levando cativo Ló, ( seu sobrinho ), suas mulheres, seus filhos, seus criados, seus gados e toda sua riqueza. Quando Abraão ouviu a notícia, agradeceu e foi se preparar para salvar das mãos do rei agressor o seu querido sobrinho. Escolheu entre seus servos, trezentos (300) homens e de madrugada partiram comandando-os e foram ao encontro do rei Quedorlaomer. Na batalha Abraão se saiu vitorioso e resgatou todos os bens sbtraídos e a família completa de Ló, além de outras riquezas tomadas do citado rei do Elão. ( Gen.14: 12,13 e 14 )

Na volta para casa, o rei de Salém, Melquisedeque, sendo sabedor da valentia de Abraão e de sua grande vitória, resolveu o parabenizá-lo pessoalmente e tão logo o encontrou o abençoou e lhe deu pão e vinho. Em troca Abraão o agradeceu lhe dando também dez por cento ( 10% ) dos despojos dos mortos da guerra. ( Gen. 14: 18,19 e 20 )

Uma outra parte dos despojos foi dividida entre os seus guerreiros. A parte da riqueza de Ló foi devolvida integralmente. Dele nada foi retirado. De tudo quanto restou, Abraão entregou ao Rei de Sodoma sem também querer receber nada como pagamento. ( Gen. 14: 21, 22, 23e 24 ) Vamos comentar o texto:

COMENTÁRIO-1 - A Bíblia não se aprofunda nesse homem chamado Melquisedeque. Ora, Abraão era peregrino na terra de Canaã e se dedicava exclusivamente a cuidar dos rebanhos que possuía. Rebanhos de gados, de cavalos, de carneiros, de bodes e de tantas outras criações. Era na verdade um fazendo muito rico. Temente a Deus desde quando vivia na terra dos Caldeus, na Babilônia, muito embora não se registre na Bíblia muitos feitos espirituais desse grande homem chamado Abraão. Apesar de ser chamado de Profeta, Profeta ele nunca foi.
Responda por quê ?


O QUE É SER PROFETA ? Profeta é um mestre infalível com autoridade para falar em nome de Deus. É quem faz profecias anunciando em nome do Senhor acontecimentos futuros. Era também chamado de VIDENTE como o foi Samuel, devido o seu viver, e a sua pureza de espírito, vindo daí a sua visão celestial.

SER PROFETA era ser alguém ensinado e preparado por Deus para anunciar o que Ele determinasse e nunca silenciar diante dos homens. As missões dos Profetas eram confirmadas através de sinais. ( Deut.18:18-19 ) Um dos maiores Profetas registrado na Bíblia Sagrada foi Moisés, depois dele, só mesmo Jesus, o Filho de Deus.

E, por essas razões, apesar de respeitar o que a maioria pensa e fala a respeito de Abraão, eu só registro o grande momento de sua provação de Fé, quando obedeceu à voz de Deus para sacrificar o próprio filho Isaque como holocausto. ( Gen. 22: 1-12 ).. Os demais momentos de sua história são fatos corriqueiros na vida de qualquer ser humano. Muitas mulheres ( Sara. Agar e Quentura ) estas são as que estão registradas no livro sagrado e muitos filhos. Não encontro elementos capazes de fazer de Abraão um grande Profeta como muitos afirmam.

MELQUISEDEQUE segundo os estudiosos era ele Rei de uma cidade chamada Salém, na terra de Canaã, a terra que Deus mais tarde determinou que se matasse todos os seus ocupantes por ser terra ocupada por homens pecadores. Veio ao encontro de Abraão por se sentir maravilhado pela derrota daquele rei perverso que estava destruindo vários reinos visinhos e agora o via derrotado pelas forças de Abraão. Quem não gostaria ?
( essa terra chamada Salém não se encontra registrada na história de Josué, como terra resgatada dos cananeus ).


AINDA MELQUISEDEQUE: - Se era Rei de Salém, tenho uma leve impressão que se trata da terra ocupada pelos Jebuseus e que Josué determinou a invasão para retirar eles ( os Jebuseus ) dali. A tribo encarregada para esta missão, foi a tribo de Judá. Esta terra depois passou a se chamar Jerusalém, depois da conquista. ( Josué 15:8 ) E ainda, se registra que os JEBUSEUS procederam de CANAÃ, filho de NOÉ. ( Gen. 10:16 ). E, mais: A terra dos Jebuseus foi qualificada por Deus como uma das terras que “ MANA LEITE E MEL “ ( Êxodo 3:8 ). Quanto ao fato de não saber a identificação completa de Melquisedeque, não quer isto dizer ser ele Sacerdote do Deus Altíssimo, pois, Jesus se identificou como Filho de Deus, o anjo que apareceu na montanha e que da Sarça que ardia falava para Moisés, também se identificou como Deus. O Anjo que apareceu a Maria disse chamar-se Gabriel; o anjo que se apresentou a ZACARIAS, profeta da ordem de ABIA que falou sobre o nascimento de João Batista, também se identificou. Até Moisés e Elias quando vieram visitar Jesus se deixaram se identificar para Pedro e João que estavam próximo ao local ( monte da transfiguração ).

GOSTARIA DE SABER: O Profeta Elias procedeu de qual família ? Quem eram seus pais ? Qual era a sua genealogia ?

QUAL era a genealogia de JABES ? Aquele que fez uma oração à Deus pedindo que aumentasse os seus bens ? E que a Biblia registra que tudo quanto ele pediu Deus o atendeu. ( 1ª Crônicas 4:9-10 ).

QUAL ERA a genealogia de CUSITA, a Etiópia, a segunda mulher de Moisés ? Quem eram seus pais ? como chegou ela até Moisés, sendo ela da África ? ( Etiópia é um pais africano ).

CONCLUINDO: Alguém poderá dizer que isto são falhas da bíblia ? Eu vos digo que não. Nós evangélicos sabemos que a bíblia não é um livro comum ou um livro de qualquer história universal onde o historiador ou historiadores escrevem o que vê, o que encontra ou o que querem escrever. As vezes escrevem pela imaginação a fim de florear a mente de seus leitores. A bíblia é um livro real onde se registra somente o que aconteceu e mesmo assim, se trata de uma síntese e não de tudo quanto realmente já se verificou no mundo da humanidade. Ora, se a bíblia fosse registrar todas as coisas verificadas, com certeza não tinha caminhão no mundo que coubessem tantos livros sagrados.


DA CRENÇA E DA FÉ: O homem de Deus, que crer piamente em Jesus como sendo nosso eterno salvador não pode se deixar enganar ou se deixar se influenciar por qualquer acontecimento. Basta nós crentes lembrar-mos de todos os ensinamentos de Jesus. “ Não vos deixe se enganar “. As referências bíblicas existente no Novo Testamento sobre Melquisedeque não quer dizer que tudo quanto foi escrito no passado em relação ao rei de salém, se é que foi rei, seja verdadeiro. Os apóstolos, os discípulos de Jesus, os Judeus, liam as Escrituras e faziam suas próprias interpretações, o que é comum, como hoje eu também as faço, por isto Jesus por várias oportunidade nos disse: “ Examinai-vos as Escrituras “. Se todos os crentes lessem de fato a Bíblia e a examinasse cuidadosamente, talvez não se deixassem enganar por tantos falsos pastores evangélicos que existem por ai.

Para terminar o texto sobre Melquisedeque, eu quero externar aqui a minha opinião sincera sobre o tema: Não acredito e nem creio ser ele sacerdote do Deus Altíssimo. Para mim se trata de um adendo que fizeram no passado para dar respaldo sobre o dízimo que Abraão teria dado ao mesmo em torno dos despojos dos mortos da guerra.
( Lembrem-se todos os crentes: Até o Soberano Deus da terra, dos céus e de todo o Universo se identificou para Abraão quando pediu Isaque em holocautos, lembram ? ).


DAVID PESSOA DE BARROS ( Pesquisador bíblico )
AUTOR:
E-mail: davidpessoa@yahoo.com.br
www.davidpessoabiblico.blogspot.com
www.davidpessoapolitico.blogspot.com
Fones: (81) 3441.4256 ou (81) 9957.6058.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

FANATISMO E RELIGIÃO

FANATISMO DENTRO DAS RELIGIÕES:


Mas o pior mesmo é quando, além da divulgação de conceitos errados a respeito do Julgamento da humanidade, apresenta-se conjuntamente um "salvador da calamidade" e/ou "transmissor de novas revelações". E isso também vem de longe. No apocalíptico ano de 1666, um judeu chamado Shabetai Zevi declarou ser o messias, anunciou que a redenção estava próxima e escolheu doze discípulos para serem juízes das tribos de Israel... Foi entusiasticamente aceito por judeus em todo o mundo.
Em 1759, um tal Jacob Frank sugeriu que era Deus encarnado e angariou grande quantidade de adeptos...

No início de 1814, uma senhora inglesa de 64 anos, chamada Joanna Southcott, anunciou que estava grávida do Espírito Santo e daria à luz, no dia 19 de outubro de 1814, uma criança divina de nome Shiloh, que seria o segundo messias. Esta data marcaria também o fim do mundo e o Juízo Final. Para convencer os incrédulos, Joana pediu para ser examinada por 21 médicos, dos quais 17 declararam que ela estava realmente grávida.

Maurice Chatelain conta o desenrolar do drama: "Então a exaltação religiosa não teve mais limites. Milhares de fanáticos instalaram-se diante da casa onda ela morava e começaram uma longa vigília de orações, na espera do nascimento da criança sagrada que os iria salvar das labaredas do inferno. Muitos deles caíram de cansaço e houve inclusive três que morreram no local. Finalmente veio o dia 19 de outubro, mas o messias não chegou. Chamaram então os médicos, que constataram que Joanna nunca estivera grávida, mas gravemente doente, tanto da cabeça como do corpo. Ela morreu, aliás, dez dias depois, e seus discípulos pensaram que a volta do messias, o fim do mundo e o Juízo Final haviam sido transferidos para mais tarde."
_______________________________________________________________

Em 1984, um grupo de protestantes, se uniram e criaram uma seita. Seu fundador era o belga Luc Jouret, era também neu-nazista. O grupo era cristão e também conhecido como a segunda vinda de Cristo e os Cavaleiros Templários. Alega-se que uma criança foi sacrificada por que pensaram ser ela o anticristo e isto verificou-se em 1994. Dias depois ele e mais umas dúzias de seguidores cometeram suicídio. Isto tudo foi na França e hoje os franceses consideram a organização criminosa.__________________________________________________________

No início do século ( 1.900 ) os adeptos da seita russa "Irmãos e Irmãs da Morte Vermelha" estavam certos de que o fim do mundo ocorreria no dia 13 de novembro de 1900. Convencidos de que deveriam suicidar-se, 862 deles decidiram morrer na fogueira. Quando a polícia chegou, já havia uma centena de irmãos carbonizados.
_______________________________________________________

Ainda na década de 60, astrólogos hindus chegaram à conclusão de que o mundo acabaria em 4 de fevereiro de 1962, por conta de uma conjunção do Sol, da Lua e mais 5 planetas. Segundo Maurice Chatelain, milhões de crentes caíram de joelhos, implorando à deusa Chandi Path que os poupasse e fazendo queimar quase duas toneladas de manteiga para apaziguar sua cólera. Como nada aconteceu na data estipulada, concluíram que a deusa atendera suas preces.____________________________________________________________


Em outubro de 1992, o profeta Lee Jang-Rim levou cem mil fiéis da Igreja Missionária Dami, na Coréia, a esperar pelo minuto final, previsto para a meia-noite. Uma chuva incandescente cairia sobre o planeta, nuvens carregadas de dragões desceriam à Terra e os seus seguidores ascenderiam ao céu. Jang-Rim acabou processado pelos fiéis, 46 dos quais pelo menos haviam doado a ele todos os seus bens.__________________________________________________

POSTADO PELO PESQUISADOR BÍBLICO
DAVID PESSOA DE BARROS.
Setembro/2010

domingo, 26 de setembro de 2010

DÍZIMO NÃO É UMA PRÁTICA CRISTÃ...!

TRABALHO SOBRE DÍZIMO-02 Dez./2009.


Monergismo.com –
“Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
www.monergismo.com

O Dízimo
Túlio Cesar Costa Leite1

A menos que vocês provem para mim pela Escritura e pela razão que eu estou enganado, eu não posso e não me retratarei. Minha consciência é cativa à Palavra de Deus. Ir contra a minha consciência não é nem correto nem seguro. Aqui permaneço eu. Não há nada mais que eu possa fazer. Que Deus me ajude. Amém.

Martinho Lutero
Introdução

O movimento Reformado representou um retorno às Escrituras Sagradas. Como conseqüência, o acúmulo de tradições acrescentadas à fé apostólica foi varrido da igreja. Somos filhos da Reforma e temos a obrigação de julgar nossas próprias práticas à luz da Bíblia, comparando Escritura com Escritura. A máxima igreja reformada sempre se reformando deve ser sempre lembrada e praticada. Deveríamos hesitar em abolir ensinos que não se respaldam na Revelação? Não há erro quando alguém obriga a si próprio a não comer carne, ou guardar determinados dias, ou se abster de algo, ou colocar sobre si qualquer outra obrigação sobre a qual não há mandamento bíblico (Rm 14.2-6). Porém, o erro passa a existir quando pretendemos impor a outra pessoa exigências que a Bíblia não impôs. Pretendo demonstrar a seguir que o dízimo, conforme tradicionalmente ensinado e praticado nas igrejas evangélicas, enquadra-se nesta definição.

Um histórico da prática do dízimo

A igreja pós-apostólica viveu a tensão entre a prática do dízimo e a afirmação paulina de que Cristo nos libertou da lei (Gl 5.1). Nos séculos 5 e 6, encontramos a prática do dízimo bem estabelecida nas áreas antigas da cristandade do ocidente. No século 8 os soberanos carolíngeos tornaram o dízimo eclesiástico parte da lei secular. Já no século 12, os monges que antes tinham sido proibidos de receber dízimos, sendo obrigados a pagá-los, obtiveram certa medida de liberdade ao obterem permissão para receber dízimos e, ao mesmo tempo, tendo isenção do pagamento deles. Controvérsias sobre dízimos sempre surgiram quando pessoas procuravam evitar o pagamento, ao passo que outras tentavam apropriar para si as rendas dos dízimos. Os dízimos medievais eram divididos em prediais, cobrados sobre os frutos da terra; pessoais, cobrados dos salários da mão-de-obra; e mistos, cobrados da produção dos animais. Esses dízimos eram subdivididos, ainda, em grandes, derivados de trigo, feno e lenha, pagáveis ao reitor ou sacerdote responsável pela paróquia; e pequenos, dentre todos os demais dízimos prediais, mais os dízimos mistos e pessoais, pagáveis ao vigário. Na Inglaterra, especialmente por volta dos séculos 16 e 17, a questão dos dízimos foi uma fonte de conflito intenso, visto que a Igreja Estatal dependia dos dízimos para sua sobrevivência.

Implicações sociais, políticas e econômicas eram consideráveis nas tentativas do arcebispo Laud de aumentar o pagamento dos dízimos, antes de 1640. Os puritanos ingleses e outros queriam a abolição dos dízimos, substituindo-os por contribuições voluntárias para sustentar os clérigos. Mas a questão dos dízimos despertou paixões 1 Presbítero da Igreja Reformada Presbiteriana em Maricá Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.mone rgismo.com

Ferozes e amarguras, notáveis dentre todas as questões associadas com a guerra civil inglesa. Depois da guerra, o dízimo obrigatório sobreviveu na Inglaterra até o século 20.2 O texto clássico Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós,a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. Ml 3.8-10 Este é o texto clássico usado para ensinar aos membros da igreja a prática do dízimo, isto é, a entrega à igreja de 10% do salário bruto mensal. É concordância generalizada entre os evangélicos que o dízimo não é dado, mas sim “devolvido” a Deus. Não poucos testemunhos confirmam que dar o dízimo acarreta bênção e o contrário traz maldição: “Temos um colega que recebeu uma carta de uma senhora que foi membro de sua Igreja e ele chorou amargamente ao ler aquela carta, porque aquela senhora dizia o seguinte: Pastor, eu lhe agradeço por tudo quanto o senhor me fez durante o tempo em que fui membro da sua Igreja. Mas eu fui obrigada a me mudar dessa localidade e fui freqüentar outra Igreja. O senhor nunca me falou a respeito do dízimo.

O outro pastor me ensinou a ser dizimista, e Deus me abriu as janelas dos céus e me tem dado tantas e tão grandes bênçãos que eu lamento ter perdido doze anos na sua Igreja recebendo maldição, quando Deus tinha uma bênção sem medida para mim, se eu fosse fiel. Um pastor que recebe uma carta assim só pode chorar.3 Testemunhos dessa natureza prendem a atenção dos ouvintes e são usados para confirmar a veracidade do ensino a respeito do dízimo. É difícil discordar de algo que produz resultados como este: “Certo dia, quando recolhíamos os dízimos eu li este versículo. Estava presente um engenheiro que, tendo sido muito rico, perdera tudo em poucas semanas, e quando eu li este versículo ele compreendeu que isto tinha acontecido na sua vida, e, naquela hora, prometeu a Deus que ia ser fiel na entrega dos dízimos. O que Deus fez e está fazendo na vida daquele homem é simplesmente espantoso. Um ano depois este engenheiro era presbítero da minha Igreja e podia dizer: Hoje eu sou muito mais rico do que era quando Deus assoprou minha riqueza porque Ele já me devolveu em dobro o que assoprou. Este homem tem sido uma bênção na Igreja e no seu trabalho.4 Doutrina, por mais atrativa que seja, não pode ter sua autoridade respaldada pela experiência. O texto sagrado deve ser o único pilar sobre o qual se assenta o ensino.

Qualquer outro alicerce deve ser considerado supérfluo e indesejável. Sabemos também que a doutrina não pode ser baseada num único texto. É necessário que haja uma concordância com outras partes do Livro Santo. Examinemos se o dízimo, tal como é ensinado acima, confirma-se à luz das Escrituras. 2 Extraído da “Enciclopédia Histórico-Teológica da Bíblia”. Ed. Vida Nova. Verbete “dízimo”. Negrito acrescentado. A afirmação destacada merece consideração, pois os puritanos, nossos antepassados, representam o ápice do movimento reformado. 3 Extraído do livreto “Fidelidade. Mordomia Cristã. Dízimo -- método divino de contribuição” do Rev. Jacob Silva. Ed. do Autor. São Paulo. 1983. p..22-23 4 Idem, p. 21 Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
www.monergismo.com


O Novo Testamento ensina a prática do dízimo?

Uma primeira constatação é que não há, no Novo Testamento, nenhum parâmetro mínimo estipulado para a contribuição. O apóstolo Paulo organizou uma grande coleta para os necessitados da Judéia. As duas epístolas aos Coríntios trazem referência a esta coleta: Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for. 1 Co 16.1-2 Nos capítulos 8 e 9 de 2 Coríntios, Paulo desenvolve seu ensino acerca das contribuições.

Estes textos se referem à alegria da contribuição, à generosidade, à liberalidade, à presteza em ofertar: E isto afirmo, aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. (9.6) ... porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade. (8.2) Pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos. (8.4) ... assim, como revelastes prontidão no querer, assim a leveis a termo, segundo as vossas posses. (8.11) porque bem reconheço a vossa presteza, da qual me glorio... ( 9.2)Não vemos nenhuma referência a uma contribuição mínima que é obrigatória – o dízimo – e a partir daí, ofertas voluntárias. Ao contrário, o ensino de Paulo, é que se a contribuição não for voluntária, não deve ser dada: Não vos falo na forma de mandamento, mas para provar, pela diligência de outros, a sinceridade do vosso amor; (8.8) Porque, se há boa vontade, será aceita conforme o que o homem tem e não segundo o que ele não tem. (8.12) Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. (9.7) Ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres (...) se não tiver amor, nada disso me aproveitará. (1 Co 13.3). Ofertas voluntárias são o método de contribuição do Novo Testamento: E sabeis também vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros; porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades. Não que eu procure o donativo, mas o que realmente me interessa é o fruto que aumente o vosso crédito. Recebi tudo e tenho abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus. (Fp 4.15-18) Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
www.monergismo.com

Paulo usa a figura dos sacrifícios vetero-testamentários com relação às ofertas: as ofertas dos filipenses foram, diante de Deus, “como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus”. Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as cousas boas aquele que o instrui (Gl 6.6). Paulo, aqui, faz referência à obrigação de dar sustento àqueles que se afadigam no ensino da Palavra. Ensino repetido em 2 Tessalonicenses 5.12: Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. E mais detalhado em 1 Coríntios 9: Não temos nós o direito de comer e beber? (v 4) Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? (v 6 – Paulo refere-se ao trabalho secular). Se nós vos semeamos as cousas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? (v 11) Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E que serve ao altar do altar tira o seu sustento? (v 13). A referência aqui é a Dt 18.1, que permite aos levitas comer partes dos sacrifícios oferecidos no Templo.

De fato, existe o direito bíblico (do qual Paulo abriu mão, pelo menos com relação aos coríntios – 1 Co 9.15 – e aos tessalonicenses – 1 Ts 2.7,9; 2 Ts 3.8-9) de os pregadores pastores- mestres serem sustentados pelas suas congregações: Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho. (v 14)...Porém não há referência a dízimos. Algumas outras citações, entre muitas: ... compartilhai as necessidades dos santos. (Rm 12.13) ... façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé. (Gl 6.10) Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado. (Ef 4.28) Exorta aos ricos do presente século ... que ... sejam ... generosos em dar e prontos a repartir (1 Tm 6.17,18). Note-se o ensino consistente e positivo do Novo Testamento a respeito da generosidade, da liberalidade, da prontidão em repartir. A contrapartida negativa temos nas muitas advertências a respeito da avareza: O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera (MT 13.22). Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. (Lc 12.15) Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com

Sabei, pois, isto: nenhum ... avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. (Ef 5.5) Porque nada temos trazido para o mundo, nem cousa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. 1 Tm 6.7-10 Seja a vossa vida sem avareza. (Hb 13.5) Esta é a doutrina. Isso é o que devemos ensinar. O que passar disso pode ser considerado ensino bíblico? Jesus ensinou a prática do dízimo? Argumenta-se que Jesus ensinou que devemos dar o dízimo em Mateus 23.23: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas cousas, sem omitir aquelas!

Note-se: obedecer os preceitos mais importantes da lei, sem omitir o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, é o que Jesus afirma. De fato, esta afirmação de Jesus nos remete à discussão sobre a Lei e a Graça, o Velho e o Novo Testamento, a Antiga e a Nova Aliança. Não ignoramos a profecia de Jeremias: Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá... (31.31). Esta profecia foi lembrada pelo autor de Hebreus que ensina a respeito de Jesus como Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas (8.6), e completa: Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer (8.13). Paulo afirma o mesmo com outras palavras: De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio (Gl 3.24-25). Sabemos que há dois testamentos, duas alianças – uma antiga, que já passou, e uma nova, que vigora. Mas, quando começou a vigorar a nova aliança, o novo testamento? Hebreus responde: Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador; pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador. (Hb 9.16-17) Oh! que significado tem as palavras de Jesus na última ceia: porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. (Mt 26.28). Vemos, assim, que os evangelhos retratam acontecimentos da antiga aliança. Poderíamos dizer que o Antigo Testamento se estende até Mateus 27.50 quando “Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.” Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com

Dessa forma, podemos entender muitas passagens do NT: Em Lc 1.15 o anjo Gabriel consagra João Batista ao nazireado, conforme Nm 6.3. Em Lucas 2.21 Jesus é circuncidado obedecendo o disposto em Levítico 12.3; Em Lucas 2.22 Maria se purifica conforme estabelecido em Levítico 12.4; Em Lucas 2.23 os pais de Jesus oferecem o sacrifício prescrito em Levítico 12.6-8; Em Mateus 8.4 Jesus manda um leproso fazer o sacrifício prescrito em Levítico 14; Em Lucas 19.8 Zaqueu se submete duplamente à pena estabelecida em Êxodo 22.9; Em Mateus 17.24 Jesus paga o imposto estipulado em Êxodo 30.11-16 Em Mateus 26.17 Jesus e os discípulos cumprem o requerido em Êxodo 12.1-27. Entendemos, então, que enquanto Jesus vivia, a Lei Mosaica estava em vigor. Como entender Mt 8.4, onde Jesus ordena a apresentação de um sacrifício de animal ao que havia sido curado de lepra? É necessário que façamos isto hoje? Evidentemente que não. Da mesma forma, quando, em Mt 23.23, Jesus ordena aos fariseus que dêem o dízimo do cominho, da hortelã e do endro, devemos entender que eles estavam debaixo da mesma aliança mosaica que obrigou o leproso a cumprir o ritual de Levítico 14. Há, portanto, nos relatos dos evangelhos, um aspecto de transição entre o que é e o que há de vir. Por isso é preciso cuidado para não impor sobre o Novo Israel prescrições relativas ao Antigo Israel. Pois não estais debaixo da lei e sim da graça (Rm 6.14).

O dízimo está acima da Lei?

Existe uma passagem em Gênesis 14.20 – E de tudo lhe deu Abrão o dízimo – que é usada para defender a prática do dízimo como supra-legal, ou seja, acima da lei. Eis o argumento: Abrão deu o dízimo a Melquisedeque, rei de Salém, antes da Lei ser estabelecida. Logo o dízimo é antes da Lei. Portanto o dízimo perdura após o fim da Lei. Tomemos outra passagem para testar a validade da argumentação acima – Gn 7.10: Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado. Em Gn 17.23-27 vemos Abraão circuncidando-se a si, a Ismael, e a todos os homens de sua casa.

Argumentemos: Abrão circuncidou-se antes da Lei ser estabelecida. Logo a circuncisão é antes da Lei. Portanto a circuncisão perdura após o fim da Lei. Temos, assim, verificado que se este argumento é procedente para validar o dízimo, é da mesma forma procedente para justificar a prática da circuncisão. Uma preciosa norma de interpretação afirma que um texto descritivo pode ilustrar uma doutrina, porém não pode ser base de doutrina. Porém é freqüente cair neste erro. Toda a doutrina pentecostal do batismo com o Espírito Santo esta assentada sobre o livro de Atos – descritivo por excelência. Usando textos descritivos grupos sectaristas ensinam, por exemplo, o lava-pés (Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés,também vós deveis lavar os pés uns dos outros – Jo 13.14); que a Ceia deve ser celebrada com pão asmo (cf. Mt 26.17-19; Ex 12.1-27 – porém esquecem que Jesus Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
www.monergismo.com

usou também vinho e não o suco de uva que a maioria das igrejas usa atualmente); que o batismo só é válido quando feito em rio – “rios de águas correntes” é a expressão usada (Mt 3.6). Kenneth Hagin, o fundador da “teologia” da prosperidade erige um verdadeiro arranha-céu doutrinário sobre uma única afirmação de Jesus: Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco(Mc 11.24). Portanto, se é correto que não se pode basear doutrina sobre texto descritivo, tanto Mt 23.23 quanto Gn 14.20 ficam invalidados para se justificar a prática atual do dízimo.

O Dízimo e a Lei Mosaica:
Trazei todos os dízimos... (Ml 3.10). Nenhum profeta do Antigo Testamento criou doutrina nova. A síntese do que diziam pode ser resumida na seguinte sentença: Voltem para a Lei. Em outras palavras: lembrem-se do que Moisés vos prescreveu. De modo que, se queremos saber mais a respeito do dízimo devemos nos voltar para suas prescrições no Pentateuco. E é aí que encontraremos algumas surpresas: - Em Lv 27.30-33 aprendemos que os dízimos são Santos ao SENHOR. - Em Nm 18.21ss aprendemos que os dízimos são herança dos Levitas. - Porém em Dt 12.5ss e 14.22ss aprendemos a respeito da dinâmica da entrega dos dízimos: eles eram comidos e bebidos pelo próprio ofertante e sua família no Templo, diante do SENHOR, numa celebração alegre e festiva: A esse lugar [o Templo] fareis chegar os vossos ... dízimos... Lá comereis perante o SENHOR, vosso Deus, e vos alegrareis... (12.6,7) Se o caminho até o Templo fosse longo, o israelita poderia vender o seu dízimo e, chegando a Jerusalém, comprar tudo o que deseja a tua alma: vacas, ovelhas, vinho ou bebida forte, ou qualquer cousa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa. (14.26).

Repetidamente há a recomendação de não desamparar o levita (12.12, 18, 19; 14.27). E, finalmente, no capítulo 14 uma ordem especial: Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade. Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão, para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem. (v 28-29) Portanto vemos claramente que somente de 3 em 3 anos o dízimo era entregue integralmente aos levitas. Nos anos restantes ele era consumido alegremente “perante o SENHOR” pelo próprio ofertante, por sua família e por muitos convidados, num grande banquete. Em Ne 13.10-12, vemos a restauração da prática do dízimo no Judá pósexílio. Ali está a referência aos “depósitos” onde eram armazenados os dízimos. A que prática olvidada pelo povo Malaquias estava se referindo? A tudo o que acabamos de descrever do livro de Deuteronômio. Portanto, se quisermos usar o profeta para restaurar a prática do dízimo, não podemos omitir os textos Mosaicos a que ele está Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com se referindo, pois uma boa norma de hermenêutica diz que um texto não pode significar para nós o que não significou para os seus destinatários originais.

O Dízimo e os Profetas

A esta altura uma pergunta se faz necessária: é correto que um texto do Antigo Testamento de modo geral ou um texto de alguns dos profetas seja usado como base para se ensinar a prática ou a abstenção de algum preceito? Alguns respondem que sim, desde que se trate da lei moral, a qual continuamos obrigados a cumprir e não da lei cerimonial essa sim, revogada. Mas, como fazer tal distinção? Exemplifiquemos com o conhecido texto do profeta Isaías (capítulo 58) sobre o jejum aceitável a Deus: Seria este o jejum que escolhi, que o homem um dia aflija a sua alma, incline a sua cabeça como o junco e estenda debaixo de si pano de saco e cinza? ... Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo? É moral ou cerimonial o que escreve o profeta? E o final do discurso quando Isaías afirma: Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no SENHOR. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do SENHOR o disse.

Guardar o sábado é moral ou cerimonial? Freqüentemente aquilo que parece cerimonial está inextrincavelmente ligado ao que, sem dúvida, é moral. Não comereis cousa alguma com sangue, não agourareis, nem adivinhareis. Não cortareis o cabelo em redondo, nem danificareis as extremidades da barba (Lv 19.26). Não contaminarás a tua filha, fazendo-a prostituir-se... guardareis os meus sábados... não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos. Lemos, também, que Deus quis matar Moisés porque este não havia circuncidado seus filhos (Ex 4.24-26) e que a pena de morte era prescrita para quem não guardasse o sábado (Ex 31.14-15). Para o judeu comer comida kosher (pura), guardar o sábado, circuncidar a si e seus filhos e usar barba era tão moral quanto não consultar necromantes ou adivinhos e não prostituir sua filha. Portanto, como justificar que usar Malaquias 3.10 para se requerer a prática do dízimo é legítimo e não é legítimo usar Isaías 58.13 para se exigir a guarda do sábado? Por que critério Malaquias 3.10 é atual e não Malaquias 4.4? “Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, a qual lhe prescrevi em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos.” E, se Malaquias 3.10 continua vigorando, onde o Livro Santo nos autorizou a alterar a prática do dízimo conforme prescrita pela lei de Moisés? Calvino e a mordomia5 Calvino, nos Comentários aos Cinco Livros de Moisés, nos trechos referentes às primícias, aos dízimos e às oferendas escreve que estas prescrições têm um significado 5 Calvino deixou em sua vastíssima obra, valiosos e densos comentários sobre a vida material: riquezas, propriedades, trabalho, descanso, banqueiros, empréstimos, impostos, diaconia, remuneração, etc. Para quem quiser se aprofundar neste assunto recomendo
a obra O Pensamento Econômico e Social de Calvino, de André Biéler, publicado pela Casa Editora Presbiteriana. Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com Espiritual.

Assim, comentando a exigência do imposto do templo (Ex 30.16) ele escreve: Deus os taxou todos a uma e a mesma soma, a fim de que, desde o maior até o menor, cada qual, qualquer que fosse o seu estado ou qualidade, reconhecesse que Lhe pertencia inteira e totalmente. E não é de maravilhar, visto que era esse (como se diz) um direito pessoal e as faculdades não se creditam a que o rico, de fato, contribuísse mais do que o pobre, mas antes, que o tributo era pago igualmente pessoa por pessoa. Comentando o texto de Mt 17.24 ele acrescenta: Sabemos que a Lei lhes impunha pagar cada um anualmente meio estáter e que Deus, que os havia resgatado, era para eles o Rei Soberano. Ou seja, para Calvino, este imposto simboliza a redenção que Jesus efetua em favor de cada pessoa do seu povo. Da mesma forma, comentando sobre as primícias, “Calvino afirma que São Paulo mostra que se a oferta das primícias, como rito, foi abolida, guarda-nos, todavia, o significado espiritual.”6 Sem a cerimônia, permanece ainda a verdadeira observância, quando nos exorta ele a glorificar o nome de Deus, até mesmo no beber e no comer (1 Co 10.31)7

Comentando o voto de Jacó em Gn 28.22 (E, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo), Calvino escreve: Os atos externos não caracterizam os verdadeiros servidores de Deus, são apenas subsídios de piedade.8 Comentando 2 Co 8.8, o reformador escreve: Verdade é que, por toda parte, ordena Deus que acorramos a ajudar os irmãos em suas necessidades; mas, verdade é também que nenhuma passagem há em que nos defina a soma, quanto lhes devemos dar, a fim de que, feita estimativa de nossos bens, repartamo-los entre nós e os pobres; nem, de maneira semelhante, onde nos obriga a certas circunstâncias, nem de tempo, nem de pessoa, nem de lugar, mas à regrada caridade nos conduz.9 No entanto, Calvino não deixa de enfatizar aquilo que já vimos: o ensino a respeito da generosidade e a precaução contra a avareza: A vontade liberal é agradável a Deus tanto do pobre quanto do rico... verdade é que é bem certo que devemos a Deus não apenas uma parte, mas, afinal, tudo o que somos e tudo o que temos. Entretanto, segundo Sua benevolência, até esse ponto nos poupa, que Se contenta desta comunicação que o Apóstolo aqui ordena. O que, pois, ensina ele aqui é um relaxamento, por assim dizer, daquilo a que somos obrigados no rigor do direito. Contudo nosso dever é estimular-nos a nós mesmos a darmos com freqüência. Não há temer que sejamos exageradamente descomedidos neste aspecto, pelo contrário, há é o perigo de sermos demasiado sovinas.10 Ainda comentando 2 Co 8.8, Calvino acrescenta: Ora, esta doutrina é necessária contra um bando de visionários que pensam que nada havemos feito, se não nos despojamos inteiramente para termos tudo em comum. Na verdade, tanto fazem por sua fantasia, que ninguém pode dar ajuda em boa consciência. Eis porque é preciso observar-se diligentemente a moderação de São Paulo, a saber, que nossa ajuda seja agradável a Deus, quando de nossa abundância acorremos à necessidade dos irmãos, não de tal maneira que tenham a ponto de regurgitarem, enquanto nós ficamos na condição de 6 Biéler, op. cit. p. 473, negrito acrescentado.

7 Sermão de Calvino sobre Dt 14.21-28, negrito acrescentado. 8 Comentários aos Cinco Livros de Moisés 9 Comentários ao Novo Testamento 2 Co 8.8, destaque acrescentado. 10 Idem Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com necessitados, mas antes, que do nosso distribuamos segundo o permite nossa própria capacidade, e com alegria de coração e ânimo disposto.11 Conclusão Todos os presbiterianos, por ocasião de sua profissão de fé, ouvem as seguintes palavras: Crê que as Escrituras Sagradas do Velho e do Novo Testamento são a Palavra de Deus e a única regra de fé e prática dada por Ele à sua Igreja, e que são falsas e perigosas todas as doutrinas e cerimônias contrárias a essa palavra, e todos os usos e costumes acrescentados à simples lei do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo? Ao que respondemos: Creio O que devemos fazer? A confissão que fizemos nos lembra que tudo o que é extrabíblico é, na verdade, anti-bíblico, que qualquer imposição que se revele sem raízes nas Escrituras deve ser considerada falsa e perigosa, mesmo que tenha sido instituída com propósitos elevados. O dízimo tradicionalmente praticado pelos evangélicos é bíblico? Se não for não podeser legitimamente exigido de nenhum membro.

Já se afirmou que se o dízimo for extinto a igreja perderá o seu sustento. Ora, este não é um argumento bíblico. Respondemos que a doutrina bíblica nunca prejudicará a vida da igreja e que a verdade jamais será perniciosa; pelo contrário, se tivermos a determinação de ensinar que os membros são livres para dar ou não dar, que não há patamar mínimo exigido, que Deus ama a quem dá com alegria, que devemos ser generosos, guardar-nos da avareza, ser prontos em repartir, acumular tesouros no céu... Deus responderá derramando sobre a Sua igreja bênçãos sem medida. Amém..!


POSTADO POR
DAVID PESSÔA DE BARROS
Um Pesquisador bíblico.
DEZEMBRO DE 2009.

DÍZIMO OU DÍZIMA ? LEIA A VERDADE SOBRE O DÍZIMO...!

A VERDADE SOBRE O DÍZIMO

O que é dízimo? Imediatamente você poderá imaginar: Dez por cento dos meus rendimentos para os cofres da igreja. Mas, será que o Senhor Deus ainda exige que praticamos alguma ordenança da lei do Antigo Testamento (da qual foi instituído o dízimo), mesmo depois que o seu amado filho Jesus, se entregou a si mesmo em sacrifício vivo e pela aspersão do seu sangue na cruz nos remiu dos pecados. Vamos meditar na palavra, e conhecer a verdade que envolve esse MITO chamado “dízimo”, que está sendo levado aos fieis de maneira distorcida, por muitos pregadores.

Porem, antes de iniciarmos o nosso estudo, vamos à consulta aos dicionários da língua portuguesa:

Dízimo: A décima parte.
Dízima: Contribuição ou imposto equivalente a décima parte dos rendimentos.
Como podemos observar, dízimo é a décima parte (de qualquer coisa) menos dos seus rendimentos. Porque a fração equivalente a dez por cento dos rendimentos chama-se Dízima. Mas, os pregadores pedem o dízimo, a confusão já começa por aí, não sabem o que querem e nem o significado do dízimo, porque na lei de Moisés, a qual foi por Cristo abolida (Hebreus 7.12,18, 19), o dízimo nunca foi dinheiro para os cofres das igrejas. Os dízimos aos levitas era exatamente dez por cento das colheitas dos grãos, dos frutos das árvores e dos animais que nasciam em um determinado período. Alimento destinado a suprir as necessidades dos levitas que não tinham parte nem herança na terra prometida. Vejamos: Deuteronômio 14.24 a 27 – E quando o lugar que escolher o Senhor teu Deus para fazer habitar o seu nome, for tão longe que não os possa levar, vende-os e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o Senhor teu Deus e compre tudo o que a tua alma desejar, e come ali perante o Senhor teu Deus, e alegre tu e tua casa. Porem, não desamparará ao levita que está dentro das tuas portas e não tem parte e nem herança contigo.

Considere a profundidade do texto bíblico onde o Senhor evidencia que, se o lugar que escolheu o Senhor teu Deus, para levar o seu dízimo, for tão longe que não os possa levar, “Ele” instrui, que o seu dízimo deveria ser vendido, e o dinheiro atado na tua mão, (não é na mão de nenhuma outra pessoa), ir ao lugar que escolheu o Senhor, e comprar o que a tua alma desejar, para ali fazer habitar o nome do Senhor Deus. Portando amados, se o “dízimo” fosse dinheiro, o Senhor não iria mandar vender o que já era espécie.

A palavra não deixa dúvida quanto ao dízimo da lei de Moisés, o qual nunca foi oferecido da forma que está sendo feito, porque o dízimo era consagrado ao Senhor. É profundamente lamentável o que está acontecendo, hoje o dízimo virou uma brincadeira, uma verdadeira farra nas igrejas, porque o dízimo não era dinheiro, mas sim, dez por cento da produtividade, para suprir as necessidades dos levitas, mas hoje não existe mais a personalidade representativa do levita entre nós.

Então alguém poderá apontar para Malaquias 3.10 para justificar que fora ordenado ao dízimo, ser levado para casa do tesouro. Isso não muda nada, a finalidade do dízimo continua sendo a mesma, ou seja, para produzir o sustento para os levitas.

Se meditarmos nos livros de II Crônicas 31.5 a 12 e Neemias 12.44 a 47 vamos entender melhor o porquê Malaquias mandou levar os dízimos a casa do tesouro. A palavra diz: Para que haja mantimento na minha casa. E o que é mantimento? Mantimento: Aquilo que mantém, provisão, sustento, comida, dispêndio, gênero alimentício, etc.

Ainda em II Crônicas 31.13 a 19, a lei mencionava que o quinhão dos dízimos eram partilhados às comunidades dos levitas que trabalhavam nas tendas das congregações, segundo o ministério que cada um recebera do Senhor. Hoje o dízimo está sendo totalmente distorcido da forma original para o qual o Senhor Deus o determinou. Está sendo direcionado para o líder da igreja ou à cúpula de uma organização religiosa, onde ninguém mais sabe a que fim se destina esse montante. Enfim, o dízimo não fora criado para assalariar dirigentes das igrejas ou para prover as despesas pessoais desses, nem tão pouco destinado a realizar obras missionárias ou mesmo para construir templos.

É inegável, ainda que o dízimo não tivesse sido abolido, hoje o homem estaria desvirtuando a finalidade para a qual lei o instituiu.

No Antigo Testamento, o rigor da ordenança do dízimo era a garantia do mantimento com abundância. Pagava-se o dízimo, para receber recompensa das coisas materiais, mas Cristo em sacrifício vivo, pagou o mais alto preço, pagou o preço de sangue para que recebamos a paz, a graça e a oferta da vida eterna.

No Evangelho de Cristo, “Ele” nos ensina que não precisamos mais pagar dízimo para garantir as necessidades cotidiana de coisas materiais (alimento, vestimenta, etc.), a prioridade hoje é buscar primeiramente o Reino de Deus e sua justiça e as demais coisas nos serão acrescentadas (Mateus 6.25 a 33). E para receber a graça e as bênçãos do Senhor não precisamos pagar mais nada (Mateus 10.7 a 10). É “Ele”, quem nos dá a vida, a respiração, e todas as coisas (Atos 17.25). Esta verdade sempre foi omissa pelos pregadores.

OS DÍZIMOS ANTES DA LEI
O DÍZIMO DE ABRAÃO - Gênesis 14.18-20 – Abraão deu o dízimo dos despojos da guerra ao Rei Melquisedeque, sacerdote do Deus altíssimo, e foi por ele abençoado.

O DÍZIMO DE JACÓ - Gênesis 28.20-22 – Jacó fez um voto ao Senhor, prometendo-lhe dar o dízimo de tudo quanto ganhasse, se em sua jornada fosse por “Ele” protegido e abençoado.

Em ambos os acontecimentos, não há registro na palavra do Senhor que tenha havido ordenanças ou determinação para que se dessem os dízimos. Especificamente nesses casos, deu-se por uma iniciativa voluntária, espontânea, ou por voto, como forma de reconhecimento, agradecimento, honra e glória ao Senhor Deus, pelas bênçãos recebidas e pelas vitórias conquistadas. Assim sendo, hoje não se pode tomar como exemplo os dízimos de Abraão e Jacó, como fundamento para implantá-lo como regra geral de doutrina nas igrejas, com o propósito de receber bênçãos e salvação, como muitos pregadores fazem, coagindo e chantageando os fieis em nome do sacrifício do Senhor Jesus.

O DÍZIMO PELA LEI - Números 18.21, 24, 26 – O pagamento do dízimo teve ordenança, fazendo parte do contexto da lei do Antigo Testamento, e tinha caráter de caridade, pois a sua principal finalidade era suprir as necessidades dos Levitas que não tinham parte nem herança na terra prometida, e também dos estrangeiros, órfãos e viúvas.

Deuteronômio 14.29 - Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos que fizeres.

Está na palavra, o Dízimo foi criado por Deus, com a finalidade exclusiva de fazer caridade aos necessitados, hoje é empregado com outros fins, diverso daquele que o Senhor mandou. Mas, ainda que os dirigentes das igrejas revertessem toda a renda dos dízimos e ofertas em obras sociais, ainda não estavam em conformidade com a palavra do Senhor, pois alem do dízimo ter sido abolido (Hebreus 7.5-12), a caridade ou amor ao próximo, é algo muito profundo, é individual e intransferível, é entre você e Deus (Mateus 6.1 a 4).

Outro detalhe interessante que precisamos conhecer, quando o dízimo foi instituído pela lei (Números 18.20 a 24), com a finalidade de manter os filhos de Levi que administrariam o ministério na tenda da congregação, o quais não receberam parte nem herança na terra prometida, (Números 18.24”b”), disse o Senhor que os filhos de Levi não teriam nenhuma herança no meio dos filhos de Israel.

As demais tribos de Israel dizimavam aos Levitas o necessário para a manutenção cotidiana, porque não possuíam propriedades na terra. Hoje, a situação está inversa, os trabalhadores, a maioria deles assalariados, ofertam o dízimo para os que vivem sem trabalhar e em abundância de bens, para manter a mordomia desses, sob pretexto de ministrar a obra de Deus.

O DÍZIMO NO EVANGELHO DE CRISTO - Marcos 16. 15 e 16, disse Jesus: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado, será salvo, mas quem não crer será condenado.

O Senhor Jesus mandou pregar o Evangelho, para que crendo, recebamos a salvação (I Coríntios 15.1, 2). Foi para isso que “Ele” deu a sua vida. E onde está a ordenança para o dízimo, senão no Antigo Testamento? Porque então o homem insiste em pregar e manter as ordenanças da lei, as quais foram por Cristo abolidas? Pregar a velha aliança, é mutilar o Evangelho de Cristo, e sobrecarregar as ovelhas de pesados fardos, escravizando os que buscam a liberdade, verdadeiros condutores cegos, porque o Senhor assim os declara (Mateus 15.14).

No Evangelho de Cristo “Ele” nos ensina fazer caridade, nos ensina a orar, a jejuar (Mateus 6.1 a 18), e uma infinidade de outros ensinamentos, porém nas duas únicas vezes que “Ele” referiu-se aos dízimos, foi com censura. Vejamos: Mateus 23.23 – Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o Juízo, a misericórdia e a fé; deveis porém, fazer estas coisas e não omitir aquelas.

Alguém poderá considerar que Jesus ordenou que se dizimasse, porque “Ele” disse que “Deveis fazer estas coisas”. Vamos buscar o entendimento espiritual na palavra do Mestre: Jesus era um judeu, nascido sob a lei (Gálatas 4.4). Portanto, viveu Jesus na tutela da lei de Moisés, reconheceu-a, e disse dessa forma, pela responsabilidade de cumprir a lei. Vejamos: Mateus 5.17, 18 – Disse Jesus: Não cuideis que vim abolir a lei e os profetas, mas vim para cumpri-la, e, nem um jota ou til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.

E verdadeiramente Ele cumpriu a lei. Foi circuncidado aos oito dias, foi apresentado na sinagoga (Lucas 2. 21-24), assumiu o seu sacerdócio aos trinta anos (Lucas 3.23, Números 4.43, 47), curou o leproso e depois o mandou apresentar ao Sacerdote a oferta que Moisés ordenou (Mateus 8.4, Levíticos 14.1...), e cumpriu outras formalidades cerimoniais da lei.
Porém, quando Cristo rendeu o seu espírito a Deus (Mateus 27.50,51), o véu do templo rasgou-se de alto a baixo, então passamos a viver, pela graça do Senhor Jesus, encerrando-se ali, toda ordenança da lei de Moisés, sendo abolido o Antigo e introduzido o Novo Testamento, o Evangelho da salvação do Senhor Jesus Cristo.

O que precisamos entender de vez por todas, que Cristo não veio a ensinar os Judeus a viverem bem a Velha Aliança, “Ele” disse: “Um novo mandamento vos dou” João 13.34. “Se a justiça provem da lei, segue-se que Cristo morreu em vão” (Gálatas 2.21). Em Mateus 5.20 disse Jesus: Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.

Observem que o Senhor Jesus Cristo mandou justamente os escribas e fariseus (os quais o Senhor sempre os tratava por hipócritas, falsos) que cumprissem a lei de Moisés, lei que ordena o pagamento do dízimo. Nós porém, para herdarmos o reino dos céus, não podemos de forma alguma cumprir o ritual da lei Mosaica como faziam os escribas e fariseus, hipócritas, mas precisamos exceder essa lei, a qual foi por Cristo abolida. A “Graça” do Senhor Jesus excede a lei de Moisés e todo entendimento humano.

A Segunda vez que o Senhor Jesus referiu-se aos dízimos, foi na Parábola do Fariseu e do Publicano (Lucas 18.9 a 14) e outra vez censurou os dizimistas. Tomou como exemplo um homem religioso, que jejuava duas vezes por semana e dizia ser dizimista fiel, porém, exaltava a si mesmo e humilhava um pecador que suplicava a misericórdia do Senhor. Hoje não é diferente, muitos ainda exaltam-se dizendo: “Eu sou dizimista fiel”, mas nesta narrativa alegórica, o Senhor Jesus Cristo deixou bem claro, que no Evangelho, não há galardão para os dizimistas fieis, ao contrário, Jesus sempre os censurou.

A ABOLIÇÃO DOS DÍZIMOS - Hebreus 7.5: “E os que dentre os filhos de Levi receberam o sacerdócio tem ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão”.

Neste versículo, a palavra afirma que os sacerdotes Levitas recebiam os dízimos por ordem da lei de Moisés. Hebreus 7.11 – “De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico, (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade se havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque (referindo-se a Jesus Cristo) e não fosse chamado segundo a ordem de Arão”? (referindo-se a Moisés, o qual introduziu a lei ao povo).

Hebreus 7.12 – “Porque mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança na lei”.

Meditando no texto acima, especificamente nestes versículos, onde a palavra do Senhor diz: “Que os sacerdotes Levíticos recebiam os dízimos segundo a lei” (Hebreus 7.5), “Porque através deles (sacerdotes Levíticos) o povo recebeu a lei” (Hebreus 7.11) e mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também, mudança na lei (Hebreus 7.12), a palavra não deixa qualquer sombra de dúvida, que não só o dízimo, mas toda a lei de Moisés foi por Cristo abolida. Mudou o Sacerdócio, necessariamente, mudou também a lei.

AQUI TOMAM DÍZIMOS HOMENS QUE MORREM - A nossa maior preocupação em relação aos pregadores que tomam o dízimo do povo, vem incidir sobre o versículo 8 deste Capítulo, observem o porquê:
Hebreus 7.8 - E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive.

Toda cautela no que diz a palavra: Aqui tomam dízimos homens que morrem, ali aquele que se testifica que vive (alusão ao Rei Melquisedeque).
No Evangelho de Mateus 22.32, disse Jesus que Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos. O Senhor Jesus Cristo disse que Deus, é Deus dos vivos e não é Deus dos mortos, e a palavra diz que aqui tomam dízimos homens que morrem, no que está legitimado no Evangelho de João 11.26, onde disse Jesus: “Todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá”. Essa afirmativa do Senhor é mais uma evidência que nos faz entender, que os que tomam o dízimo não crêem em Jesus, porque a palavra está dizendo que morrerão os que assim procedem, tomando o dízimo do povo voltam a viver as ordenanças da lei de Moisés que fora por Cristo abolida.

Diante da Palavra de Deus, até onde recebemos entendimento, dar e receber dízimo é obra morta, ou seja, obra da justiça da Lei do Velho Testamento.
Crer e viver por essa prática é estar sem a graça de Deus, pois assim explica a Bíblia. Estar sem a graça de Deus, é estar morto.

Certamente que, sem Cristo e, cumprindo e se justificando pela lei, qualquer homem ainda não tem a vida eterna, tanto o que dá e, também, o que recebe o dízimo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS - No Evangelho de Cristo não há ordenança para se tomar o dízimo, ou para se cumprir qualquer outro rito da lei. Jesus nos deu um Novo Mandamento, mandou pregar o seu Evangelho, ordenou amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, isto é, com caridade, e não estipulou percentual ou limite para isso. Em Mateus 10.42 o Senhor mandou dar pelo menos um copo de água fria; para o mancebo rico Ele mandou vender tudo e dar aos pobres (Mateus 19.21); e quando Zaqueu lhe disse que daria ate a metade de seus bens aos pobres, “Ele” não confirmou a necessidade desse procedimento (Lucas 19.8, 9). Disse apenas: “Zaqueu, hoje veio salvação a esta casa.

Muitos saem em defesa do dízimo dizendo: “Mas o Dízimo é bíblico” (Número 18.21 a 26). Certamente, como também é bíblico: a circuncisão (Gênesis 17.23 a 27), o sacrifício de animais em holocausto (Levíticos Capítulos do 1 até 6.8 a 13), a santificação do sábado (Levíticos 23.3), o apedrejar adúlteros (Levíticos 20.10 e Deuteronômio 22.22), etc. Tudo por ordem da lei de Deus que Moisés introduziu ao povo.

Então porque hoje, não cumprem a lei na íntegra, ao invés de optarem exclusivamente pelo dízimo? Querem o dízimo porque é a garantia de renda líquida e certa todos os meses nos cofres das igrejas.

O que também é bíblico, e o homem ainda não se conscientizou, é a grande divisão existente no tempo separando a Velha Aliança do Novo Mandamento do Senhor Jesus; o qual testifica a doutrina para salvação (I Coríntios 15.1, 2). Porém, hoje qualquer esforço para voltar a lei de Moisés que Cristo desfez na cruz, é anular o sacrifício do cordeiro de Deus e reconstruir o muro por “Ele” derrubado (Efésios 2.13 a 15).
Apocalipse 5.9 - “...Porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de todas as tribos, e línguas, e povos, e nações”.
Portanto irmãos, o preço pela nossa salvação, o Senhor Jesus Cristo já pagou dando o seu sangue inocente na Cruz. O Senhor ainda alerta: “Fostes comprados por bom preço, não vos façais servos de homens” (I Coríntios 7.23).

O dízimo hoje é remanescente por razões óbvias. Primeiramente, pela contribuição dos que arcam com esta pesada carga tributária, na maioria das vezes pela ausência de entendimento espiritual da palavra de Deus, não diferenciando a lei de Moisés feita de ordenanças simbólicas e rituais, com a Graça do Senhor Jesus Cristo, o qual veio justamente para nos libertar do jugo da Lei.

Outra presunção é por parte dos que se beneficiam pelos dízimos, esses incorrem no erro ou por não terem competência e discernimento espiritual para entender que Cristo desfez a lei Mosaica na cruz, ou mesmo consciente da abolição dessa prática, assumem o risco dolosamente pela desobediência à palavra do Senhor.

Porem, seja por uma ou por outra razão, o homem querendo ou não, aceitando ou não, o dízimo, como toda a lei cerimonial do Antigo Testamento, Cristo aboliu, com o seu próprio sangue na cruz do Calvário: (Lucas 16.16, Romanos 10.4, Efésios 2.15, II Coríntios 3.14, Hebreus 7.12,18, 19). Gálatas 5.14 - Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amaras ao teu próximo com a ti mesmo.


Clique aqui para fazer o download do estudo na versão Word padrão .DOC


© 2007 - Cristo é a Verdade ... por isso, divulgue e use o conteúdo deste site livremente. O direito autoral é do Céu.

Postado por
DAVID PESSOA DE BARROS
Um pesquisador biblico

sábado, 25 de setembro de 2010

A INFÂNCIA DE CRISTO

A INFÂNCIA DE CRISTO
(SEGUNDO TIAGO)

INTRODUÇÃO
Apresentamos, numa versão modernizada, textos considerados apócrifos e que trazem importantes informações a respeito da vida de Cristo, preenchendo lacunas até então criadas pelos Evangelhos constantes da Bíblia. Estes textos retratam os acontecimentos que precederam o nascimento de Cristo, contando a história de Maria e da natividade, além da história da infância do Senhor Jesus, no Evangelho de Tomé. Há também excertos do Livro da Infância do Salvador, onde a vida de Jesus, dos cinco aos doze anos, é retratada.

Vale lembrar que numa outra obra desta coleção, o Evangelho de São Pedro, a Infância de Cristo é apresentada na sua íntegra, mostrando fatos e passagens importantes da vida do Senhor Jesus, nos seus primeiros anos. Os textos chamados de apócrifos são aqueles não incluídos pela Igreja no Cânon das
Escrituras autênticas e divinamente inspiradas. Como foi feita essa seleção, até hoje a Igreja não explicou adequadamente. Se inspirados ou não, são relatos dos primeiros tempos do Cristianismo, importantes para quem deseja
conhecer a fundo essa religião.

A NATIVIDADE
Este livro, apesar de conhecido como o Evangelho de Tiago ou Proto-Evangelho de Tiago, tem sua autoria desconhecida. Publicado em fins do século XVI, não se sabe exatamente ainda qual a época em que foi escrito, mas os maiores estudiosos dos Livros Apócrifos afirmam que é anterior aos Quatro Evangelhos Canônicos, servindo, em muitos aspectos, como base para estes. O Proto-Evangelho de Tiago conta a vida de Maria, seu nascimento de Ana e Joaquim, considerados estéreis, de como foi sua educação no Templo até a sua puberdade, como se deu a escolha de seu futuro esposo, José, velho, viúvo e pai de seis filhos: Judas, Josetos,

Tiago, Simão, Lígia e Lídia. Continua, narrando a concepção e a virgindade, que se manteve após dar à luz o Salvador, numa caverna. Fala da estrela misteriosa e radiante, que guiou os magos até a caverna e da nuvem de luz que pairou sobre o local, na hora em que o Senhor Jesus nascia. Narra, também, a participação da parteira que testemunhou a virgindade de Maria, após o
nascimento do Senhor E cita o testemunho de uma parteira que constatou a virgindade-de Maria após dar à luz.

PROTO-EVANGELHO DE TIAGO

ISegundo narram as memórias das doze tribos de Israel, havia um homem muito rico, de nome Joaquim, que fazia suas oferendas em quantidade dobrada, dizendo:
O que sobra, ofereça-o para todo o povoado e o devido na expiação de meus pecados
será para o Senhor, a fim de ganhar-lhe as boas graças. Chegou a grande festa do Senhor, na qual os filhos de Israel devem oferecer seus donativos.
Rubem se pôs à frente de Joaquim, dizendo-lhe:
Não te é lícito oferecer tuas dádivas, enquanto não tiveres gerado um rebento em Israel. Joaquim mortificou-se tanto que se dirigiu aos arquivos de Israel, com intenção de consultar o censo genealógico e verificar se, porventura, teria sido ele o único que não havia tido prosperidade em seu povoado.
Examinando os pergaminhos, constatou que todos os justos haviam gerado descendentes. Lembrou-se, por exemplo, de como o Senhor deu Isaac ao patriarca Abraão, em seus derradeiros anos de vida. Joaquim ficou muito atormentado, não procurou sua mulher e se retirou para o deserto. Ali armou sua tenda e jejuou por quarenta dias e quarenta noites, dizendo: Não sairei daqui nem sequer para comer ou beber, até que não me visite o Senhor meu Deus. Que minhas preces me sirvam de comida e de bebida.
Ana lamentava-se e gemia dolorosamente, dizendo: Chorarei minha viuvez e minha esterilidade. Chegou, porém, a grande festa do Senhor e disse-lhe Judite, sua criada: Até quando vais humilhar tua alma? Já é chegada a festa maior e não te é lícito entristecer-te. Toma este lenço de cabeça, que me foi dado pela dona da tecelagem, já que não posso cingir-me com ele por ser eu de condição servil e levar ele ao selo real.
Disse Ana:
Afasta-te de mim, pois que não fiz tal coisa e, além do mais, o Senhor já me humilhou em demasia para que eu o use. A não ser que algum malfeitor o haja dado e tenhas vindo para fazer-me também cúmplice do pecado. Replicou Judite: — Que motivo tenho eu para maldizer-te, se o Senhor já te amaldiçoou não te dando fruto de Israel? Ana, ainda que profundamente triste, despiu suas vestes de luto, cingiu-se com um toucado, vestiu suas roupas de bodas e desceu, na hora nona, ao jardim para passear. Ali viu um loureiro, assentou-se à sua sombra e orou ao Senhor, dizendo: Ó Deus de nossos pais! Ouve-me e bendize-me da maneira que bendisseste o ventre de Sara, dando-lhe como filho Isaac!
Tendo elevado seus olhos aos céus, viu um ninho de passarinhos no loureiro e novamente lamentou-se dizendo:
— Ai de mim! Por que nasci e em que hora fui concebida? Vim ao mundo para ser como terra maldita entre os filhos de Israel. Estes me cumularam de injúrias e me escorraçaram do templo de Deus. Ai de mim! A quem me assemelho eu? Não às aves do céu, pois elas são fecundas em tua presença, Senhor. Ai de mim! A quem me pareço eu? Não às bestas da
terra, pois que até esses animais irracionais são prolíficos ante teus olhos, Senhor. Ai de mim! A quem me posso comparar? Nem sequer a estas águas, porque até elas são férteis diante de ti, Senhor. Ai de mim! A quem me igualo eu? Nem sequer a esta terra, porque ela também é fecundada, dando seus frutos na ocasião própria e te bendiz, Senhor.
IV
Eis que se lhe apresentou o anjo de Deus, dizendo-lhe:
— Ana, Ana, o Senhor escutou teus rogos! Conceberás e darás à luz e de tua prole se falará
em todo o mundo.
Ana respondeu:
— Viva o Senhor meu Deus, que, se chegar a ter algum fruto de bênção, seja menino ou
menina, levá-lo-ei como oferenda ao Senhor e estará a seu serviço todos os dias de sua
vida.
Então vieram a ela dois mensageiros com este recado:
— Joaquim, teu marido, está de volta com seus rebanhos, pois que um anjo de Deus desceu
até ele e lhe disse que o Senhor escutou seus rogos e que Ana, sua mulher, vai conceber em
seu ventre.
Tendo saído Joaquim, mandou que seus pastores lhe trouxessem dez ovelhas sem mancha.
Disse ele:
— Estas serão para o Senhor.
Mandou, então separar doze novilhas de leite, dizendo:
— Estas serão para os sacerdotes e para o sinédrio.
Finalmente, mandou apartar cem cabritos para todo o povoado.
Ao chegar Joaquim com seus rebanhos, estava Ana à porta e, ao vê-lo chegar, pôs-se a correr e atirou-se ao seu pescoço dizendo: Agora vejo que Deus me bendisse copiosamente, pois, sendo viúva, deixo de sê-lo e, sendo estéril, vou conceber em meu ventre. Então Joaquim repousou naquele dia em sua casa.
No dia seguinte, ao ir oferecer suas dádivas ao Senhor, dizia para consigo mesmo: — Saberei se Deus me vai ser favorável se eu chegar a ver o éfode do sacerdote.
Ao oferecer o sacrifício, observou o éfode do sacerdote, quando este se acercava do altar de
Deus, e, não encontrando pecado algum em sua consciência, disse: — Agora vejo que o Senhor houve por bem perdoar todos os meus pecados. Desceu Joaquim justificado do templo e foi para casa. O tempo de Ana cumpriu-se e no nono mês deu à luz. Perguntou à parteira: — A quem dei à luz? A parteira respondeu: — Uma menina. Então Ana exclamou:
Minha alma foi enaltecida — e reclinou a menina no berço.
Ao fim do tempo marcado pela lei, Ana purificou-se, deu o peito à menina e pôs-lhe o nome de Maria.
Dia a dia a menina ia robustecendo-se. Ao chegar aos seis meses, sua mãe deixou-a só no chão, para ver se sustentava-se de pé. Ela, depois de andar sete passos, voltou ao regaço de sua mãe. Esta levantou-se, dizendo: — Salve o Senhor! andarás mais por este solo, até que te leve ao templo do Senhor.
Ads by Google

POSTADO POR
DAVID PESSÔA DE BARROS.